26/05/2008

Catatônico Também é Cultura ::::....

Já faz algum tempo que estou lendo as Crônicas de Arthur, este “Já faz algum tempo” estende-se não pela falta de qualidade desta memorável trilogia, e sim pela escassez de tempo (Faculdade, Trabalho, Playstation hahahe). E quando volto a lê-lo gosto de retomar a linha de raciocínio folheando alguns capítulos anteriores, ontem bati os olhos neste trecho que pra mim é uma excelente amostra do trabalho de Bernard Cornwell.

Não há alegria igual à destruição de um exército partido. A parede de escudo se rompe e a morte governa (Bernard Cornwell é Megafodástico em suas descrições da idade média), e assim matamos até termos os braços cansados demais para levantar uma espada, e quando a matança terminou vimo-nos num pântano de sangue, e foi então que meus homens descobriram a cerveja e o hidromel na bagagem dos saxões, e começou a bebedeira. Algumas mulheres saxãs encontraram proteção entre nossos poucos homens sóbrios que levavam água do rio para os feridos. Procuramos amigos vivos e os abraçamos, vimos amigos mortos e choramos por eles. Conhecemos o delírio da vitória absoluta no campo de batalha .
Porque tínhamos vencido. Tínhamos transformado os campos junto ao rio num matadouro. Tínhamos salvado a Britânia e realizado o sonho de Arthur. Éramos os reis da matança e os senhores dos mortos, e uivávamos ao nosso triunfo sangrento para o céu.
Porque o poder dos saxões estava partido.

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