01/04/2008

Crônicas de Artur ::::.....

Já não vejo a hora de ler outro título do Profesor em contos sobre a idade média Bernard Cornwell.

Derfel Cadarn

Um ódio terrível cresce na batalha, um ódio que vem da alma negra para preencher os homens com uma raiva feroz e sangrenta. Alegria também. Eu sabia que a parede de escudos saxão iria se romper. Sabia muito antes de atacá-la. A parede era fina demais, tinha sido feita muitos ás pressas, e estava nervosa demais, por isso saí de nossa primeira fila e gritei meu ódio enquanto corria para o inimigo. Nesse momento eu só queria matar. Não eu queria mais, queria que os bardos cantassem sobre Derfel Cadarn no Mynydd Baddon. Queria que os homens me olhassem e dissessem: ali está o guerreiro que rompeu a parede no Mynydd Baddon, queria o poder que vem da reputação. Uma dúzia de homens na Britânia tinha este poder; Artur, Sagramor e Culhwch figuravam entre eles, e era um poder que suplantava todos os outros, menos o de rei. O nosso era um mundo em que as espadas davam status, e esquivar-se da espada era perder honra, por isso corri na frente, com a loucura enchendo a alma e a exultação dando-me um poder terrível enquanto escolhia minhas vítimas. Eles viram um comandante guerreiro britânico em todo o esplendor, e vi dois saxões mortos.

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